CIDADANIA, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE


De acordo com o IBGE, nos últimos dez anos, a estrutura da população brasileira mudou em termos de cor ou raça, com destaque para uma maior proporção das pessoas que se declaram como negras e pardas, de 44,7% da população em 2000 para 50,7% em 2010. (Dados do Censo 2010) Mais da metade da população brasileira é formada por negros e pardos e ainda há a necessidade de reafirmação de direitos. Com base nesses dados analise as assertivas abaixo:

 

I – O preconceito racial no Brasil faz parte da sua história, do seu passado escravista e de uma abolição que pouco modificou a situação dos negros.

II – O “mito da democracia racial” ainda existe na sociedade brasileira e parte substancial dela ainda nega a existência do racismo.

III – Devido ao processo de mestiçagem, a discriminação racial no Brasil é mínima, visto que todos os cidadãos têm acesso em igualdade aos direitos sociais.

IV – É dever do Estado promover políticas públicas e ações afirmativas que visam o enfrentamento e a superação das desigualdades étnicas decorrentes do preconceito e da discriminação étnica.

 

É correto apenas o que se afirma em:


I, II e IV.


I, II e III.


III e IV.


II e IV.


I e II.

O Brasil possui mais de 45 milhões de Pessoas com Deficiência (PcD), o que representa cerca de 24% da população, conforme o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, no mercado de trabalho elas são apenas 0,9% do total de carteiras assinadas. Segundo dados de 2016 do Ministério do Trabalho, 418,5 mil PcDs estavam empregadas no Brasil, número 3,8% maior do que o registrado em 2015. Esse contingente vem crescendo ano a ano, mas quem tem alguma deficiência ainda encontra muitas barreiras para conseguir trabalhar.

 

O acesso à qualificação profissional é um desafio, transposto por muitos deficientes apesar dos entraves como a falta de professores qualificados, de mecanismos de acessibilidade nas instituições de ensino e de estímulos governamentais. Mas a qualificação é fundamental para começar a trabalhar.

Fonte: Marina Mattaraia/CCR, reportagem de 31/01/2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/ccr/noticia/inclusao-profissional-traz-motivacao-e-desafios-para-pessoas-com-deficiencia.ghtml>. Acesso em 24 de junho de 2019.

 

Conforme fundamentado no capítulo O sujeito com deficiência no contexto das relações sociais do livro Sociologia da acessibilidade dos autores: Ottmar Teske; Laíno Alberto Schneider; Idilia Fernandes; Humberto Lippo e Santos Fagundes, publicado em Curitiba pela Intersaberes em 2017. Mais do que simplesmente instituir legislações, novas tecnologias, inserção no mercado de trabalho, acessibilidade arquitetônica, trata-se de uma questão de:

 


Reconhecimento das deficiências como fator primordial para as desigualdades no exercício da Cidadania.


Compromisso individual das pessoas com deficiência na busca por inclusão social e qualificação profissional do cidadão.


Cidadania para as pessoas com deficiências no exercício dos seus direitos e deveres na condição de cidadão.


Empenho da sociedade na promoção da acessibilidade arquitetônica, como principal fator para o exercício da cidadania.


Comprometimento dos Conselhos de Direitos da Pessoa com Deficiência para promover o exercício da cidadania.

A Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, inovou quanto a concepção dos sujeitos com algum tipo de deficiência. Nesse sentido, o conceito atribuído a essas pessoas passou por várias nomenclaturas modificadas de acordo com o contexto histórico, social e cultural.  

Fonte: Flávia Albaine, 13 de setembro de 2018. Deficiência: uma característica da pessoa ou da sociedade? Disponível: <http://www.justificando.com/2018/09/13/deficiencia-uma-caracteristica-da-pessoa-ou-da-sociedade/>. Acesso em: 24 de junho de 2019

 

Nesse sentido, corrobora da afirmativa os fundamentos apresentados no capítulo O sujeito com deficiência no contexto das relações sociais do livro Sociologia da acessibilidade dos autores: Ottmar Teske et al. Curitiba: Intersaberes, 2017. Conforme citado que “Os termos que usamos refletem o que pensamos sobre as deficiências, posicionando-nos frente aos indivíduos envolvidos.” (2017, p. 31)

Quanto a terminologia utilizada desde meados da década de 1990, legitimada e regulamentada pela Lei No 13.146, de 6 de julho de 2015, conceitua-se como correto o uso da expressão:

 


Pessoa Portadora de Deficiência.


Pessoa com incapacidade especial.


Pessoa com Deficiência.


Pessoa com necessidades especiais.


Pessoa Deficiente.

Para alguns segmentos da psicologia, a homossexualidade ainda é considerada uma forma patológica ou imatura de expressão afetivo/sexual. Como contraponto a essa visão, e tendo como base um amplo conjunto de evidências biológicas, psicológicas e sociais de que a homossexualidade é uma expressão natural da sexualidade humana, surgiu principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido uma abordagem psicológica conhecida como psicologia afirmativa.

Sobre Psicologia Afirmativa, leia com atenção as afirmações abaixo:

 

I- Essa abordagem considera a homofobia, e não a homossexualidade, como a principal responsável pelos conflitos vivenciados por homossexuais.

II- De acordo com a visão afirmativa, a identidade homossexual é expressão natural, espontânea e positiva da sexualidade humana, em nada inferior à identidade heterossexual.

III- Os terapeutas que adotam a abordagem afirmativa transmitem aos seus pacientes um absoluto respeito por sua sexualidade, sua cultura e seu estilo de vida. 

IV- A abordagem afirmativa não é uma escola e nem uma técnica e sim uma atitude diante da homossexualidade.

 

 

É correto o que se afirma em:

 


III e IV, apenas.


II e III, apenas.


I, II, III e IV.


I e II, apenas.


I, II e III, apenas.

Leia com atenção a citação:


Uma parcela grande da população mundial, homens e mulheres, convencionalmente chamados de portadores de deficiência, não passa pelas portas da casinha de bonecas. Vive num mundo à parte, excluída do resto das pessoas por barreiras arquitetônicas (escadas, buracos na rua, etc.) e psicológicas (o preconceito). (STAROBINAS, Marcelo. Casa de Bonecas. In: PINSKY, Jaime (org.). 12 faces do preconceito. São Paulo: Contexto, 2011, p. 96).


O fragmento aponta para o problema da exclusão social das pessoas portadoras de deficiência, que enfrentam diariamente problemas estruturais graves que prejudicam o exercício de sua cidadania. Pensando nesta questão, que ações devem ser priorizadas para promover a inclusão das pessoas com deficiência?

 


Evitar o convívio social das pessoas com deficiência para que elas se sintam protegidas pela lei.


Criar escolas especializadas e moradias adaptadas para que as pessoas com deficiência tenham mais privacidade.


Mantê-las isoladas e resguardadas de qualquer discriminação ou violência.


Promover a igualdade de oportunidades, assegurar a acessibilidade e garantir os seus direitos, em bases iguais com os demais cidadãos.


Assegurar o uso das vagas de estacionamento para que elas se sintam menos excluídas.

De acordo com a abordagem do texto ‘Saneamento, Saúde e Ambiente’, o ser humano ao modificar o meio ambiente de maneira insustentável tem por consequência, historicamente comprovada:

 


Obstáculo ao desenvolvimento das cidades.


Exclusão social a partir do aumento populacional e da apatia governamental.


A degradação do sistema físico-biológico e social, no agravo da saúde pública e a qualidade de vida.


A necessidade de tratamento dos esgotos e recursos hídricos.


A poluição atmosférica generalizada no planeta.

Leia com atenção:


92% dos acidentes de trânsito são provocados direta ou indiretamente pelo chamado fator humano. Essa constatação eleva a preocupação governamental, observada a flagrante indiferença do cidadão brasileiro com respeito às leis de trânsito. (HOFFMANN, Maria Helena. CRUZ, Roberto Moraes. (org) Comportamento Humano no Trânsito. São Paulo: Casa do psicólogo, 2011.)


Considerando o alto índice de acidentes provocados por “fator humano” pode-se afirmar que ele está associado, principalmente, aos seguintes comportamentos do brasileiro no trânsito:

 


Imperícia e responsabilidade.


Desobediência e respeito.


Negligência e prevenção.


Imprudência e negligência.


Cautela e imprudência.

Leia a afirmação abaixo com atenção e defina o que o autor considera como sendo papel de um cidadão:

“O cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade. Tudo que acontece no mundo acontece comigo...” (Herbert de Souza – Betinho)

 

Segundo a definição acima, podemos afirmar que:

 


A cidadania diz respeito exclusivamente aos direitos políticos, sendo o voto seu princípio fundamental, que determina o pertencimento do indivíduo numa sociedade.


A cidadania é apenas restrito aos estudiosos e políticos.


A cidadania compreende a necessidade que as pessoas têm de participarem da vida política sempre visando o funcionamento da sociedade.


O cidadão é o indivíduo que se omite frente ao debate político.


O cidadão é aquele que vive em sociedade.

O tema cidadania aparece frequentemente na mídia, nos discursos de políticos e capitalistas, na fala de intelectuais e de pessoas comuns. Mas apesar de muito comentado, o termo é pouco compreendido por aqueles a quem deveria interessar mais, os indivíduos que integram o povo.

Considerando o tema cidadania analise as afirmativas abaixo:

 

I- A rigor podemos definir a cidadania como um complexo de direitos e deveres atribuídos aos indivíduos que integram uma Nação, complexo que abrange direitos políticos, sociais e civis.

II- Cidadania é sobretudo uma ação política construída paulatinamente por homens e mulheres para a transformação de uma realidade específica, pela ampliação de direitos e deveres comuns.

III- O voto não é uma garantia a cidadania, nem a cidadania pode ser resumida ao exercício do voto. Muitas vezes a cidadania é confundida com democracia, ou seja com o direito de participação política.

 

É correto o que se afirma em:

 


II e III, apenas.


I, apenas.


II, apenas.


III, apenas.


I, II e III.

Leia atentamente e reflita:

 

Me ver pobre preso ou morto,

Já é cultural

 

Histórias, registros,

Escritos,

Não é conto,

Nem fábula,

Lenda ou mito,

 

Não foi sempre dito,

Que preto não tem vez,

Então olha o castelo e não,

Foi você quem fez

 

(BROWN, Mano e ROCK, Edie. Negro drama - Album: Nada como um Dia após o Outro Dia. São Paulo: Cosa Nostra Fonográfica, 2002.)

 

O convívio multicultural não deveria representar uma dificuldade para os brasileiros (conforme expõe o rap dos Racionais MCs, uma vez que a sociedade brasileira resulta da junção de pessoas de várias nacionalidades cada uma com seus costumes, seus valores, seu modo de vida, e da adaptação dessas culturas umas às outras, formando a cultura brasileira.

Avalie as assertivas abaixo, concluindo sobre qual delas é a mais coerente com as leituras indicadas para esse módulo de estudo.

 


A adaptação das culturas é algo próprio de cada momento, uma vez que a sociedade se transforma conforme se constrói a História. Essa adaptação é sempre feita num clima de paz.


Sendo as culturas produto de determinados contextos sociais, se determinada cultura é posta em contato com outra, nunca essa cultura vai se adaptar a outra para não ser sufocada ou modificada.


Uma das exigências do mundo globalizado, é o necessário convívio entre sociedades e cada vez mais esse convívio se dá em paz e harmonia.


No Brasil, a chamada "democracia racial" é responsável pela ascensão dos afrodescendentes.


O reconhecimento da diferença é ponto de partida para que se possa conviver em harmonia, não com os iguais, já que igualdade só deve existir do ponto de vista legal, mas do ponto de vista humano.